Apostas GP da Rússia: Outra festa para Lewis na hora e local errados

Quando Lewis Hamilton se reencontrar com Vladimir Putin esta semana ele terá algo mais para falar com ele do que apenas o banho de champanhe que deu ao líder russo há um ano atrás.

Ambos constam na lista das 100 pessoas mais influentes do Mundo recentemente publicada pela revista Time Magazine.

Putin não esteve presente na cerimónia que decorreu em Nova Iorque onde eles foram homenageados (provavelmente ocupado a resolver os problemas na Síria ou na Ucrânia). No entanto, não foi propriamente uma surpresa ver Lewis presente no evento com o seu melhor fato e gravata.

Ele descreveu a homenagem que lhe foi feita como um "privilégio e honra" e ainda prestou tributo a Prince no seu discurso, pedindo ainda um brinde em homenagem ao seu pai que tornou possível que ele fosse tri-campeão mundial de Fórmula Um.

Ora, tudo isso aconteceu na Terça-Feira à noite, e não restam dúvidas que esta Quarta ele estará a viajar no seu jacto privado para Moscovo por forma a iniciar a sua preparação para o Grande Prémio da Rússia deste Domingo. Portanto, outra semana, outra corrida, outro voo a atravessar metade do mundo.

Este tem sido um desesperante início de temporada para Hamilton. Após somente três corridas ele já esta a 39 pontos do líder do Mundial de Pilotos Nico Rosberg na luta pela revalidação do título, e depois de ter negociado a 1.4840/85 antes do início da época ele está agora a 2.447/5, já atrás de Nico Rosberg que vale 1.855/6.

Tudo começou com a ameaça de que a Ferrari seria mais rápida e Sebastian Vettel voltaria a ser um verdadeiro candidato, mas parece agora que o seu maior obstáculo na caminhada para o terceiro campeonato seguido será mesmo ele próprio (Hamilton).

Eu disse-o no começo da temporada na Austrália e hesitei em regressar ao mesmo tema, mas Lewis precisa de algumas semanas em que esqueça o mundo da ribalta e se concentre inteiramente no seu trabalho diário.

Após o descalabro em Shangai em que foi penalizado com cinco lugares na grelha de partida por trocar de caixa de velocidades, e depois mesmo forçado a começar do último lugar da grelha, ele precisou de despender uma semana com a restante equipa da Mercedes na sua base em Brackley, para trabalhar com os seus engenheiros e assegurar-se de que tudo voltaria a estar nos conformes para Moscovo.

Claro que Hamilton continua capaz de dar a volta por cima. Ele já o fez anteriormente, acumulando 83 pontos de forma consecutiva para terminar com o título e mais 67 pontos que o segundo classificado. Mas mesmo que ele vença todas as corridas daqui para a frente, precisará de seis corridas até ao Grande Prémio da Grã-Bretanha para assumir a liderança (partindo do princípio que Rosberg faz sempre segundo).

Surpreendentemente, ele continua a ser favorito para vencer o Grande Prémio da Rússia a 2.265/4 enquanto Rosberg está a 2.6213/8. Mas como poderá isto fazer algum sentido quando o alemão foi o primeiro a cruzar a bandeira de xadrez nas últimas seis corridas?

Algo terá de mudar, mas a presença de Hamilton entre os meandros da sociedade norte-americana (incluindo Donald Trump) sugerem que isso poderá não acontecer já este fim-de-semana.