Apostas Tour de France - Etapa 16: A hora de Kristoff
"Embora pareça plano, teremos uma subida não categorizada a 17 quilómetros do final. Este pode ser um potencial momento para fugas a solo, que podem tentar a sua glória individual atacando no topo dessa inclinação."
Após um dia de descanso, a Volta a França regressa na Terça-feira com um dos últimos dias para os sprinters brilharem. Jack Houghton antevê a etapa...
Que tipo de etapa nos espera?
Em termos genéricos, trata-se de uma curta etapa (somente 177kms) que deve oferecer aos sprinters a sua última oportunidade de glória antes da etapa final do Tour nos Campos Elísios em Paris no próximo Domingo.
Teremos apenas uma subida categorizada, que chega a meio da etapa, e os quilómetros finais devem ser ligeiramente em descida.
No entanto, temos algumas potenciais complicações. Primeiro, porque a meteorologia antevê vento forte, e se tal se confirmar, poderemos ter cortes no pelotão, como se verificou na Etapa 10.
Em segundo, e embora pareça plano, teremos uma subida não categorizada a 17 quilómetros do final. Este pode ser um potencial sonho para fugas a solo, que podem tentar a sua glória individual atacando no topo dessa inclinação. Pelo menos, será um momento da etapa onde qualquer ciclista com pretensões de discutir o sprint terá de estar atento para não ficar para trás.
No autêntico roteiro turístico que é este Tour de France, esta etapa verá o pelotão atravessar o aqueduto romano, a Pont du Gard, que tem estado fechada ao trânsito nos últimos 20 anos.
Quem são os favoritos?
Os três melhores sprinters na corrida têm sido Dylan Groenewegen 2.8815/8, Caleb Ewan 4.003/1 e Elia Viviani 5.509/2, e a escolha óbvia será focar-mo-nos neste trio como mais prováveis vencedores.
Mas existe um perigo em assumirmos que a forma do início do Tour será facilmente traduzida para esta etapa numa fase mais adiantada. Os ciclistas atravessaram agora três fortes cadeias montanhosas, e esta etapa terá mais haver com qual deste três ciclistas sobreviveu melhor no grupeto e tem ainda alguma energia de sobra.
Também vale a pena ter em conta que Groenewegen e Viviani estão ambos em equipas que lutam pela Classificação Geral, portanto é provável que os seus comboios do sprint estejam diminuídos, com os ciclistas a serem poupados para apoiarem e puxarem por Steven Kruijswijk e Julian Alaphilippe na montanha nas etapas que estão por vir.
Por essa razão, Caleb Ewan é o meu favorito do três.
Que ciclistas podem surpreender?
No caso de termos ventos cruzados, ou de os fieis escudeiros das equipas dos sprinters estarem em baixo número para potenciarem que uma fuga tenha liberdade, é possível que tenhamos aqui um vencedor surpresa.
Também devemos manter um olhar nos 'puncheurs' - Greg van Avermaet, Peter Sagan e Michael Matthews - que podem usar aquela subida final não-categorizada para se catapultarem rumo a uma vitória a solo.
No entanto, o mais provável é que um sprinter saia vitorioso, e a aposta de valor é Alexander Kristoff a cerca de 18.0017/1. Ele parece lidar melhor com a fadiga acumulada de uma volta de três semanas, tendo obtido os seus melhores resultados nos últimos dias de competição. Ele venceu em Nimes em 2014 já numa fase adiantada, e venceu a última etapa ao sprint em Paris no ano passado.
Que efeito terá a etapa nos mercados de longo prazo?
Se os ventos cruzados influenciarem a corrida, poderemos ter diferenças entre os candidatos à Camisola Amarela tal como sucedeu na Etapa 10. No entanto, é mais provável que - se não ocorrerem acidentes - que este seja um dia tranquilo na Classificação Geral com os ciclistas a percorrerem a etapa ilesos antes da chegada aos Alpes.
Na competição pela Camisola dos Pontos, espera-se que Peter Sagan coloque matematicamente todos os outros pretendentes fora de cena ao chegar em boas colocações tanto no sprint intermédio como no sprint final.
APOSTA RECOMENDADA:
Alexander Kristoff para vencer a Etapa 16 @ 18.0017/1 no Intercâmbio