Apostas Tour de France 2020: Adiamento do Giro, pode conduzir a parada de estrelas
"Olhando ao panorama internacional, poderemos ter imensos candidatos à vitória final em acção em simultâneo. Egan Bernal da Team Ineos foi o vencedor da Volta a França em 2019 e lidera destacado o mercado para repetir o triunfo com cotações de 4.407/2."
O ciclismo não é um desporto de excepção e também parou a sua actividade por causa da pandemia mundial do Covid-19, no entanto, o famoso Tour pode ainda realizar-se na data prevista, e até ser mais competitivo do que normalmente...
Adiamento do Giro D'Italia pode alterar tudo
Poucas modalidades desportivas requerem uma preparação tão detalhada quanto o ciclismo e os atletas costumam ter um plano delineado para todo o ano desportivo desde o seu início.
Isso contempla períodos de maior participação em eventos, outros de descanso e outros de estágios em altitude no caso dos grandes 'voltistas'. Ora, naturalmente que o adiamento da Volta a Itália sem uma data definida - podendo mesmo nem se realizar este ano - voltou o foco dos ciclistas para a Volta a França.
A prova tem data de início para 27 de Junho, o que ainda pressupõe uma janela temporal realista para a realização da mesma, mesmo que até possa iniciar-se 15 dias depois, por exemplo.
Mas o que mais pode entusiasmar os vorazes fãs de ciclismo que se têm visto privados de assistir aos seus ídolos em competição, é o cenário de podermos ter um Tour de France 2020 onde praticamente não falte nenhum grande ciclista mundial.
Muitos tinham preparado o seu ano com vista ao Giro D'Italia, Jogos Olímpicos ou Vuelta a España, mas o adiamento da grande volta italiana pode precipitar muitas equipas a apostar ainda mais forte na competição gaulesa, assim como o adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano seguinte.
Parada de estrelas em França?
Vários ciclistas que não têm estado no seu melhor ou que estiveram lesionados em tempos recentes ponderavam participar na Volta a Itália e/ou Espanha, pois talvez não se sentissem ainda no seu auge de forma, mas, com esta alteração de paradigma é provável que revejam as suas prioridades e marquem presença em França, caso a prova tenha condições de se iniciar durante os meses de Junho e Julho.
Assim, e olhando ao panorama internacional, poderemos ter imensos candidatos à vitória final em acção em simultâneo. Egan Bernal da Team Ineos foi o vencedor da Volta a França em 2019 e lidera destacado o mercado para repetir o triunfo com cotações de 4.407/2.
Primoz Roglic é uma das novas estrelas do pelotão internacional
De qualquer modo, a concorrência será muita e diversificada. Primoz Roglic 8.007/1 é hoje uma certeza e depois de um pódio na Volta a Itália e da vitória na Volta a Espanha em 2019 estará decidido a atacar o Tour de France em força.
Thibaut Pinot 9.6017/2 foi travado no ano passado por uma lesão quando parecia ser a maior ameaça ao colombiano e tentará rectificar esse azar com uma forte campanha no seu país natal, enquanto Tom Dumoulin 15.50 é outro ciclista de grande qualidade que parece estar recuperado de problemas físicos que o prejudicaram no passado recente.
Destaque ainda para outros ciclistas que podem ter uma palavra a dizer em meados de Junho ou Julho: Nairo Quintana 20.0019/1 fez um sensacional começo de época e estará a lamentar esta pausa, ao passo que Simon Yates 21.0020/1 e Mikel Landa 19.0018/1 são ciclistas que nunca podem ser subestimado na alta montanha.
O dilema interno na Team Ineos
De momento, a Team Ineos conta nas suas fileiras com três vencedores de Volta a França e a possibilidade de os intercalar pelas três grandes voltas dissipou-se um pouco com o adiamento da Volta a Itália. Assim, o director da equipa terá de pensar muito bem no que fazer em 2020.
Chris Froome procura redenção após grave queda em 2019
É difícil imaginarmos Chris Froome 10.009/1 a prestar vassalagem ao jovem Egan Bernal, enquanto Geraint Thomas 13.50 é um ciclista quase sempre protegido por ser um importante 'backup' no caso de acontecer algo ao chefe de fila da equipa.
É impressionante que esta equipa tenha três dos seus ciclistas entre o top-5 dos favoritos a vencer a competição, mas é também um reflexo do domínio da equipa ao longo de anos, afinal, a Team Ineos (ex-Sky) venceu sete das últimas oito edições da prova num período verdadeiramente hegemónico sem precedentes na história da prova.
Juventude promissora
Tadej Pogacar em mais uma vitória de etapa
De momento, o ciclismo mundial depara-se com a emergência de alguns novos talentos - desde logo o vencedor de 2019 Egan Bernal - mas também o equatoriano Richard Carapaz 32.0031/1 que surpreendeu ao vencer a Volta a Itália em 2019 à frente de Vincenzo Nibali ou Primoz Roglic, ou ainda o esloveno Tadej Pogacar 18.50 que fez 3º na Volta a Espanha e tinha entrado a voar em 2020.
Destaque ainda para Miguel Angel Lopez 48.0047/1 que tem competido bem com os melhores nos últimos dois anos, mas ainda longe de poder realmente aspirar a vencer uma grande volta.
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