Apostas Mundial 2018: Estará a Islândia pronta para causar mais surpresas?

Alfred Finnbogason, atacante islandês...

A Islândia chega novamente a uma fase final de um grande torneio como 'outsider', mas será desaconselhável subestima-los, escreve Andy Brassell...

"Uma vez mais, eles têm pouco a perder na Rússia. São claramente 'outsiders' no seu jogo de estreia contra a Argentina e estão a enormes 12.0011/1 para bater o conjunto de Jorge Sampaoli."

Segunda-Feira, 27 de Junho de 2016 na Allianz Riviera, Nice. Foi uma data e local que poucos adeptos ingleses irão esquecer - o típico destino da equipa inglesa dos tempos modernos, já que as suas fracas expectativas foram por água abaixo nos Oitavos de Final do EURO 2016, merecidamente afastados do torneio pela Islândia.

E tal foi a incredulidade pela forma como a equipa de Roy Hodgson saiu do torneio - complementada com a estatística da Islândia ser a nação menos populada a alguma vez se qualificar para uma fase final de torneio, com apenas 335.000 habitantes - que a equipa liderada por Lars Lagerback e Heimir Hallgrimsson raramente foi tida em conta em Inglaterra. A força, a organização e o trabalho rigoroso da Islândia pode ter colhido o mesmo tipo de apreciação da equipa que eles superaram para atingir os quartos de final, que tiveram do resto da Europa.

Experiência adicional em fases finais


Talvez a Islândia esteja agora numa posição ainda mais forte do que estava há dois anos, com algumas partidas de fase final a conferir-lhes maior experiência. Eles estão entre os 'outsiders' do Campeonato do Mundo, claro, a 400.00399/1, mas mesmo sorteados naquele que parece o grupo mais difícil - Grupo D, com Argentina, Croácia e Nigéria - eles não têm sido completamente ignorados pelo resto do mundo. Argentina e Croácia continuam favoritas, mas a Islândia, agora comandada somente por Hallgrimsson, é terceira favorita para se qualificar a 2.608/5, à frente da Nigéria.

A sua caminhada até aos quartos de final em França, onde foram batidos pelos anfitriões, perdurará como uma espécie de lenda (e merecidamente), mas o que se seguiu é ainda mais memorável. Dar sequência a uma primeira participação em fases finais altamente bem sucedida numa geração é uma missão complicada - pergunta a Gales - mas a Islândia conseguiu, e de que maneira.

Eles já superaram grupos difíceis anteriormente


A recompensa da Islândia pelo seu sucesso em França foi ser catapultada de imediato para um grupo extremamente difícil de qualificação para o Mundial com Croácia (que volta a enfrentar na Rússia), Ucrânia e Turquia. Os jogadores de Hallgrimsson não só se qualificaram - como venceram o grupo, vencendo as suas partidas em casa contra os três gigantes, assim como selando o apuramento na penúltima jornada, atropelando a Turquia na sua fortaleza de Eskisehir. Agora, eles são a mais pequena nação a alguma vez atingir uma fase final de Mundiais.

Eles deram este passo simplesmente continuando o seu crescimento enquanto grupo. Nem tudo tem corrido a seu favor, talvez com destaque para o seu elemento chave Kolbeinn Sightorsson que tem vivido um pesadelo com a sua falta de forma e problemas físicos. O atacante do Nantes jogou apenas duas vezes ao nível de clubes desde o EURO 2016, regressando recentemente saído do banco à equipa de Claudio Ranieri, o que lhe pode valer alguns minutos de utilização antes do final da temporada.

Finnbogason será a ameaça ofensiva


A estrela Gylfi Sigurdsson realizou uma temporada de estreia no Everton bastante despercebida, mas há outros jogadores em boa forma. Alfred Finnbogasson realizou uma bela temporada no Augsburg na Bundesliga e pode ser o seu principal fornecedor de golos. Na defesa, eles podem olhar para a significativa experiência de Ragnar Sigurdsson e Kari Arnason, com o último de volta ao Reino Unido com o Aberdeen.

Uma vez mais, eles têm pouco a perder na Rússia. São claramente 'outsiders' no seu jogo de estreia contra a Argentina e estão a enormes 12.0011/1 para bater o conjunto de Jorge Sampaoli. Tendo em conta a desoladora forma da Alvi-celeste durante a qualificação e nos amigáveis desde então, esta dificilmente será uma surpresa capaz de superar aquela contra os Camarões em 1990.

Naturalmente, a Islândia voltará a ser apoiada por um grande grupo de viajantes, que marcaram inegavelmente o EURO 2016. Desta vez, alguns terão tirado alguns dias extra de folga do trabalho - não vá a equipa voltar a surpreender.